PERMITIR-ME

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Quero limpar meu verbo
de todo o excesso de vaidade.

Quero encher minha voz
com a potência da liberdade.

Rimar se for preciso,
permitir-me não agradar.

Experimentar, errar, acertar.
Gerundiar e pairar no ar.

Na fluidez do exercício diário,
amor, ser a humilde flor.

Enquanto eles assistem futebol e falam pelo cotovelos
eu bebo palavras, cheias de vento, à luz do luar.

Entre um e outro verso,
paixão, sigo a pureza da intuição.

Quem poderá dizer que é em vão
que brilha a flor do meu coração?

© Francine Canto

Autor: Francine Canto

Sou mestre em Educação, Comunicação e Tecnologia, pela UDESC, e tenho experiências como professora, artista, consultora educacional, assessora administrativa e de comunicação, designer educacional e coprodutora de projetos culturais e educacionais. Para saber mais acesse: http://francinecanto.net

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