
Quero limpar meu verbo
de todo o excesso de vaidade.
Quero encher minha voz
com a potência da liberdade.
Rimar se for preciso,
permitir-me não agradar.
Experimentar, errar, acertar.
Gerundiar e pairar no ar.
Na fluidez do exercício diário,
amor, ser a humilde flor.
Enquanto eles assistem futebol e falam pelo cotovelos
eu bebo palavras, cheias de vento, à luz do luar.
Entre um e outro verso,
paixão, sigo a pureza da intuição.
Quem poderá dizer que é em vão
que brilha a flor do meu coração?
© Francine Canto