EVOÉ

Quase finda a primavera,
agora o sol encontra o seu ápice.
Tudo dança, tudo rodopia.
Borbulha a imensidão no espiralar da vida.
Escuto o som de um alçar voo.

Nisso que é vertigem e miração,
entrega e aceitação,
viro-me com o que tenho:

– três punhados de silêncio,
– três malas de orações,
– uns respingos de poesia.

Evoé! Voemos!

© Francine Canto