Quantos parênteses
são os que se abrem,
ao vento,
quando ele sopra,
na profunda amplidão
do tempo-espaço?
Quantos cafés,
sorrisos e afagos?
Quantos momentos,
amigos e eventos?
Quantas palavras
gravadas em guardanapos?
Quantas perdidas no espaço,
feito fumaça?
Tudo se sucede.
Desde o Big Bang até o Big Bang.
Tudo se repete.
Mas as formas – recombinadas –
levam a vida ao infinito,
num labirinto de êxtase
luta, amor, calafrio e beleza.
© Francine Canto